sábado, 16 de setembro de 2017

PODERIA SER DIFERENTE


Eu não sei como nem porque, meus sentimentos, desde minha adolescência, me encaminham à tristeza.

Lembro de vários momentos, dias, situações...todos me levaram à ela. Sempre chorei muito. Sempre duvidei.

Manter laços com as pessoas sempre foi difícil. Apesar de que aos olhos externos me vêem como segura, confiante, responsável, conquistadora. Essa característica que me apresenta a todos, aparentemente faz com que ninguém queira estar perto de mim. 

Observo muitas relações, e maioria delas se perpetua pela necessidade de alguém, que atrai a necessidade de outro em se sentir útil ou importante, dessa forma se cria um laço, um vínculo, algo. 

Não consigo ser assim, logo, não crio laços.

Me sinto então sozinha, perdida, sem conexão.

Não recebo - oi, como está? Vou aí pra conversar. Quero te contar uma coisa.

Realmente não entendo.

Talvez por isso aquele caminho, ainda parece ser a melhor escolha. 

domingo, 8 de fevereiro de 2015

AOS MEUS QUERIDOS VERRUGUINHAS

E algo em você muda

Dia e Noite todo o dia

Seu cheiro e seu toque

Essenciais agora são para perceber a vida!


Você olha, procura e escuta

A vida já não é mais sua

A alma agora é para eles que perpetua

O espírito está exposto, pra qualquer visão mais crua.


Seu sorriso, doce sorriso, lhe confia

Toda vez que seguro se sente

O medo a você então assusta

Na ínfima possibilidade de sofrerem.


Mas no próximo suspiro

A mexida no cabelo

Ou o abraço apertado

Aquela música que inspira

Deixa qualquer coração de mãe desmantelado!


Amo vocês meus filhos queridos!

sábado, 7 de fevereiro de 2015

A MEU QUERIDO PRIMO JRB

Como saberia eu que a promessa que lhe fiz mudaria minha vida pra sempre? Mudou pra melhor sim. Na dor sempre visualizei a entrega como um alívio arrebatador. Foi assim com você. Foi assim por você!
Minhas pernas estavam balançando do braço do sofá para fora e o corpo estarrecido sobre almofadas. Meu foco, a "caixa" não me permitia me mover. Sim, aos meus 19 anos (em 1997) a televisão já era sinônimo de distração total.
Foi ela que me manteve ali naquele sofá por muitos momentos. Inclusive naquele em que você me chamou: - Queli? Me ajuda um pouquinho no computador? ; - Já vou - respondi... e não fui. O vício da imagem e a forma como se torna infundada sua importância em relação ao que está em derredor.
Naquela tarde você veio visitar sua tia, tio e primos. Você era tão ativo, tão bonito, tão saudável, uma criança pura em essência, um ser lindo buscando carinho e atenção. Você se divertia ali sozinho praticamente, tinha 11 anos.
Não lembro quando o dia terminou, nem como.
Daquele dia minha memória pula para o dia, no mesmo ano, em que me avisaram por telefone: - o JRB morreu!
A sensação que tive foi assustadora, terrível.
Corri imediatamente, não conseguia falar, apenas fomos em direção a algum lugar.
Era verdade! A mais terrível!
Eu sinto muito ter negligenciado você por preguiça, por acomodação, por falta de ação, por desmotivação. Sinto muito não ter-lhe cumprido com o que lhe disse que faria, sendo mais um ser humano como tantos que agem no automático, sem ouvir ao escutar, sem ver ao olhar, sem fazer ao prometer. Sinto tanto!



Prometi a você que jamais diria não a quem me procurasse a atenção. Cumpro assim até hoje, assim espero estar fazendo melhor a quem circunda minha vida, a quem deposita em mim um pouquinho de atenção.

Amo você Jonathan! Sinto tê-lo desapontado! Obrigada por me auxiliar a ser melhor quando posso, a me conscientizar do quando estou novamente me desligando das pessoas.
Carinho todo meu a você!